ESG - Um olhar além da esfera trabalhista.
Dos três pilares do ESG (Environmental, Social and Corporate Governance), o social é o que tem recebido menos atenção.
Diariamente encontramos notícias que expõem a fraqueza das empresas com relação ao pilar social, seja em relação aos empregados, seja com relação aos prestadores de serviços, cadeia de fornecedores e até mesmo com os clientes e a comunidade na qual a empresa está fisicamente inserida (os chamados stakeholders).
Prática legítima
Apenas para exemplificar, desde o anúncio para uma vaga de emprego, a empresa já mostra como tratará seus futuros empregados. Um anúncio com exclusões preconceituosas ou restritivas, além de muitas vezes criminosa, demonstra a forma como lida com as pessoas que pretende contratar.
Mais do que política trabalhista
De outra sorte, grandes empresas que tem prestadores de serviços sem vínculo trabalhista, e que, ademais, não recebem nenhum suporte do contratante, quebram a credibilidade da cadeia de produção, seja de serviços, seja de produtos. Afinal, o social não se define apenas pelas políticas trabalhistas internas dos seus empregados, mas é um pacto com a sociedade em geral.
Cancelamento
Com as redes sociais se tornando uma importante ferramenta para empresas e consumidores, inúmeras companhias estão sendo alvo de “cancelamento” pela maneira que tratam os empregados, prestadores de serviços e seu entorno social (clientes, investidores etc.). Empresas com práticas racistas, assédio moral, com trabalho análogo ao da escravidão, sofrem com a falta de credibilidade, perda de valor de mercado e até mesmo são colocadas em listas negras de financiamento, como, por exemplo, do BNDES.
Prejuízo
Recentes episódios podem ser enumerados: perda de patrocínio do Santander pela La Liga; divulgação de dados privados de clientes pelo CEO da empresa de turismo Hotel Urbano; processo administrativo do Ministério Público do Trabalho em vinícolas do Rio Grande do Sul.
A sua empresa está cumprindo a responsabilidade social interna e externa?
Podemos ajudar a aprimorar seu capital humano, dar treinamento de força de trabalho, melhorar as relações e condições de trabalho, planos de diversidade e inclusão, privacidade e segurança de dados. Não se deixe virar notícia para tomar uma atitude, haja com inovação.
MARIA ANGELA VELOSO BASTOS
Sócia
Graduada pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo em 1994. Especialista em Direito Processual Civil pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. Extensão em Direito Societário com enfoque em fusões e aquisições pelo IBMEC – Instituto Brasileiro de Mercado de Capital.
Atua no contencioso e consultivo trabalhista e cível.
PATRICK RIOS VELOSO BASTOS
Sócio
Graduado pela Universidade Paulista em 2001. Extensão em Direito Societário com enfoque em fusões e aquisições pelo IBMEC – Instituto Brasileiro de Mercado de Capital. Membro da IAPP – International Association of Privacy Professionals Certificado pelo Data Privacy Brasil na área de Privacidade e Proteção de Dados.